
Muitas pessoas não estão acostumadas com as macro escalas temporais das eras geológicas. Em qualquer situação ou em quase todas o tempo entre uma era e outra compreende um período de milhões de anos. Por exemplo, no post anterior foi sugerido que as gimnospermas apareceram primeiro que as angiospermas ao longo das eras geológicas. As eras geológicas são divisões da escala de tempo relacionadas à evolução geológica do planeta. Também são importantes para situar a idade e o surgimento das espécies vegetais e animais na terra. Assim, a evolução do planeta pode ser dividida em quatro eras, sendo elas: 1) Pré-Cambriano (4,5 bilhões até 570 milhões de anos atrás); 2) Paleozóica (545 milhões até 248 milhões de anos); 3) Mesozóica (245 milhões até 65 milhões de anos atrás) e 4) Cenozóica (65 milhões e 500 mil anos até o presente). Cada era é dividida em períodos. No quadro abaixo estão esquematizados os períodos da era mesozoica:
De acordo com este quadro, do mais antigo para o mais recente temos os períodos triássico, jurássico e cretáceo. Eu tenho especial predileção pela era mesozoica pois compreende os períodos em que floresceram e desapareceram os dinossauros. Tudo isso em mais ou menos 160 milhões de anos.
Conforme havíamos dito, as angiospermas atuais (plantas com flores e sementes dentro de frutos) teriam surgido apenas no Cretáceo Inferior há cerca de 140 milhões de anos. Antes disso as florestas eram formadas predominantemente por cicadáceas (gimnospermas com folhas semelhantes às das palmeiras, tronco grosso mas nunca chegando à altura de uma árvore), coníferas (árvores e arbustos gimnospérmico chamados de pinheiros ou araucárias), além de pequenos pteridófitos arborescentes (samambaias). Um ambiente geral característico do jurássico é apresentado na imagem abaixo.
A partir deste mundo primitivo, sem flores e frutos verdadeiros, surgiram as angiospermas (Cretáceo Inferior há cerca de 140 milhões de anos) e sua explosão de cores, formas e tamanhos. No rastro das flores e seus saborosos néctares, uma variedade enorme de insetos polinizadores em um processo de coevolução animal/vegetal jamais visto. Coincidência ou não, novas evidências fósseis, mas não moleculares, indicaram que o surgimento dos mamíferos modernos data do final do Cretáceo após a extinção dos dinossauros. Em fim, o cretáceo “é o cara”. Ou seja, a emergência dos vegetais e animais modernos tais como os conhecemos hoje. Na imagem abaixo, imaginamos uma geometria representativa da forma com que alguns vegetais ocupavam os espaços no Triássico:


aceita parceria com meu blog?
ResponderExcluirhttp://mhp-bio.blogspot.com/
Oi Miro!
ResponderExcluirAchei um video ótimo sobre formigas no Smithsonian:
http://link.brightcove.com/services/player/bcpid1213900471?bclid=1527680439&bctid=26867826001
Se chama "Cara a cara com as formigas".
Oi Mica. Uma boa idéia de parceria seria cada um seguir o blog do outro já que temos admiração mútua. Depois poderemos pensar em trocar links. Grande abraço.
ResponderExcluirAlexandre Marcati, valeu pelo insentivo. É bom ter ilustradores acompanhando o blog. Estou experimentando escrever um livro on line e acho que está dando certo. Grande abraço.
ResponderExcluirMariana Massarani, Gostei muito do vídeo sobre a anatomia comparada de algumas espécies de formigas. Vou incluir imediatamente na lista de vídeos interessantes do blog. Grande beigo
ResponderExcluirMiro,
ResponderExcluirSofisticado e simples. Adorei! Beijão.
Oi Carla,
ResponderExcluirEntão acho que estou no caminho certo.
Beijão.
caro miro, aqui e o paulo roberto da veiga de cabo frio estou te mandando este post por causa daquela conversa que tivemos sobre a possibilidade de se fazer ciencia sem hipoteses.
ResponderExcluirreconstituir o passado da vida na terra a partir de evidencias esparsas não exige, necessariamente, hipóteses no sentido estrito do termo, mas isso não deixa de ser uma forma de fazer ciencia.
em história, os pesquisadores gostam de trabalhar com uma coisa chamada contrafuais, que significa analisar o que poderia ter acontecido com um determinado contexto histórico se certos eventos não tivessem ocorrido.
uma objeção obvia seria de que na realidade não existe "se". tudo bem, mas nós agimois em nossa vida cotidiana tomnando decisões a partir do que aconteceria se...
dou-te um exemplo: neste ano, 2009, estamos "comemorando" 20 anos da queda do muro de berlim e o consequnete fim da união soviética. Mas não vejo ninguem falando que antes da derrocada, a união soviética estava em um experimento de modernização que na época gorbatchov chamou de perestroyka, a entrada da economia de mercado em uma economia planificada. o que vemos hoje na china? e se ... a perestroyka tivesse dado certo? talvez, berlin hoje ainda uma cidade dividida e a historia bem diferente. um abraço paulo roberto.
é de muita ajuda esse blog!
ResponderExcluirassuntos interessantes,atualizados
de forma clara e objtiva!!
Parabéns!!!!
Beijos Kamily Nadim.